Safira!


Vivo com uma gata. Não posso dizer que 'tenho uma gata' porque ela não é realmente minha. No entanto, vivo com ela. E muitas vezes lhe dou festinhas e brinco com ela. Muitas vezes lhe dou, carinhosamente, o restinho da minha comidinha.

Contudo, também sou eu que, muitas vezes, tenho de aturar os seus ataques de pura loucura, contra as paredes de minha casa, tomando balanço em passo de corrida. Assim, como as suas lutas de wrestling com o piaçaba (nada agradáveis de observar e sempre seguidas de um banho e, consequente, ralhete).

Nunca na vida vivi com um animal tão grande... que mexesse tanto... e tão... estúpido! A verdade é que me farto de ralhar com a gata! E que já pensei, algumas vezes, que a gata merecia um pontapé bem assente naquele lombo... Mas seria incapaz!!! Fico-me pelos raspanetes, esperançosa que ela, naquela ervilha que deve ser o seu cérebro, compreenda que me encontro zangada com ela.

Tenho de admitir que, acima de tudo e apesar de todas as (muitas) asneiras que faz diariamente, até gosto da gata! E que me faz uma bela companhia todos os dias! Gosto daquela forma que ela tem de olhar e que me faz pensar que ela, se calhar... lá bem no fundinho... até pode compreender alguma coisa do que nós lhe dizemos! Para além do mais, não deixa de ser também uma bela forma de descarregar o stress depois de um longo dia de trabalho! Gosto da gata. É um facto.

Só tenho um grande problema com ela... Como é que eu lhe explico que... quando nos levantamos às cinco da manhã, não temos vontade para brincadeiras?! Mas gostar dela, gosto! Até gosto!!

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