Comentários

Anónimo disse…
«Como é bom escrever ao apelo incerto do que nos faz sinais. Como é fascinante escrever para saber o que é. Indeciso apelo, motivo que o não é, até se saber o que é. Trazê-lo à vida da sua nebulosa, captá-la na errância de uma inquieta procura. Obedecer ao impulso que sobe em nós em energia e movimentação, na necessidade de o realizar e ele coalhar em escrita, no irreal da sua realização. Estremecer ao aviso, persegui-lo até onde não sabemos o seu tudo, depois da surpresa do que lá estava.
Escrever é não saber para saber. Mas o que se sabe é frágil e há que procurá-lo até à eternidade. Porque o que se encontra é ainda a procura, o além de todo o aquém. E é porque nunca se encontra, que a arte continua. Assim o artista é maior do que Deus. Porque ele já tinha criado, antes de criar, e assim não teve surpresas. E quem escreve só no infinito realiza a sua criação e só aí as não terá.»

Vergílio Ferreira, in ‘Pensar’

desculpa o tamanho...mas gostei e decidi partilhá-lo contigo no teu cantinho ;)
Anónimo disse…
Engraçado também tenho este livro do Vergílio.

Tu também és 5 *.beijo
Anónimo disse…
Engraçado também tenho este livro do Vergílio.

Tu também és 5 *.beijo