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O texto é  da Filipa Gomes..  Mas com as devidas substituições de nomes e datas..  Podia ser meu.  É isto!  É muito isto!
Ser mãe dá -nos a volta e dá volta ao nosso mundo. E é maravilhoso..

Se contar o tempo que estiveste a crescer em mim, mais o tempo que estiveste a crescer comigo, já passaram uns 24 meses. Sempre juntas. 
Sei cada garfada que papas e cada coisa nova que comeste pela primeira vez. Sei cada objecto que tentas descobrir, cada passo que tentas dar. Sei as coisas que dizes e também sei o que queres dizer quando não dizes. Sei até cada xixi e cada cocó que fazes. 
Por isso levar.te hoje para o primeiro dia de escolinha é como estarem a roubar.te de mim. 
Claro que sei que isto não é de todo racional. Mas eu não sou razão. Eu sou coração. Afinal, não foi da razão que tu nasceste, e sim do amor. 
Entao hoje choro como uma totó só porque, tal como eu já sabia mas insistia em fingir que não, tu não és minha. Tu és tua e tens a vida para viver, amigos para conhecer, coisas para aprender, gargalhadas para dar, tudo para crescer!
E ser mãe  também é isso. Deixar.te ir mesmo sabendo que vais cair sem eu ver. E que também te vais levantar sem eu ver. Deixar.te ser e não te querer só para mim. Porque tu mereces conhecer o mundo e o mundo também merece ter essa pessoa incrível em que te estás a tornar.
E e vou estar sempre aqui. Sempre a morrer de saudades. 
É certo que se eu conseguisse, engolia.te todas as noites para que pudesses voltar para o meu ventre e pudesses ser outra vez só minha. 
Mas sim, eu sei...Tu não és minha. 
Eu é que sou tua, Julieta.
Para sempre!

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