Queria desejar um bom ano. Com todos os votos e coisas bonitas de início de ano.
Mas o tempo passa. As rotinas recomeçam e tudo vai passando.
A verdade é que os últimos dois anos foram tão incertos que uma pessoa nem sabe bem o que desejar ou pensar.
Que haja saúde.
Que haja amor.
Basicamente é isto.
Para todos.
Por isso, achei que seria demasiado óbvio. E deixei passar. E há sempre tempo de se desejar o melhor.
Além do mais, continuávamos em pandemia. E tudo era demasiado incerto. Números diários. A crescer. A diminuir. Toda uma nuvem de incertezas e 'achismos' que só satura quem anda na área diariamente há dois anos. Por isso fui deixando passar também.
Até que veio o dia em que passámos a pandemia. E até o dia em que deixou de ser obrigatória a máscara.. e eu também deixei passar.
E juro que até me apetecia escrever. Escrever sobre todo este mundo de sentimentos que conhecemos nos últimos dois anos. Sobre o abismo de incertezas que se abriram. Sobre o conforto que sempre demos por garantido. Mas também não sei se vou deixar passar.
Os últimos dois anos foram demasiados intensos. Para a cabeça. Para o coração. Fizeram-me encarar a vida de forma diferente. Nem para melhor. Nem para pior. Só diferente.
E caramba...
Tudo se remete à saúde. E ao amor.
E é só isso.
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